segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Texto sobre auto sabotagem - Confiram!


Este texto foi encomendado por mim a querida Ana Paula Pingarilho que é uma coach maravilhosa. Como ela bem disse na introdução deste texto nos conhecemos a muitos anos, e depois de muito tempo afastadas nos reencontramos graças a net a  uns 2/3 anos. Pedi que ela escrevesse sobre esse tema muito instigante e tão próximo de nós. Quem não sofre desse mal de vez em quando ou de vez em muito,,rss. Queria saber mais sobre, para poder entender e combater. Convido a vocês queridos leitores(as) para mergulhar neste texto. Vale a pena ler até o fim . Recomendo! Obrigada querida Ana Paula pelo texto, adorei!










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Drible seu processo de auto sabotagem

Antes de iniciar minhas considerações sobre auto sabotagem, quero contar para vocês que acompanham o blog da querida amiga Ana Yuan, uma pequena história sobre nós duas.

Uma coincidência sem fim
Em minha adolescência entendi o que era e como funcionava ter um homônimo.
Eu fazia parte de um grupo jovem de uma comunidade católica e, em um determinado dia, me deparei com uma pessoa de sorriso lindo e largo. De cara, percebi que me daria bem com aquela menina que também se chamava Ana Paula.
Aos poucos, fomos nos conhecendo e descobrimos que tínhamos mais do que o nome em comum, tínhamos também o sobrenome idêntico – (de Sousa Rocha). Ríamos muito disso!
O tempo passou e as coincidências não terminaram. Reencontramo-nos na Universidade! Nós duas tínhamos escolhido fazer psicologia. EXATAMENTE! Homônimos na mesma faculdade, mesmo curso e mesma sala, em algumas matérias. Foi um delicioso esse reencontro.
O tempo nos fez seguir a vida. Mas, novamente nos achamos. Dessa vez estávamos com os nomes dos nossos amores (maridos). Ela, Yuan e eu, Pingarilho.  
Resumindo, Ana se tornou uma cliente adorável e com o tempo se deu alta... rsss. Afinal também tem sua forte veia e autoridade de uma psicóloga.
Para fechar as nossas, por hora, coincidências:
Estávamos no mesmo dia em um mesmo festival de música, sem sabermos. Meu filho, sem celular, tentava me encontrar no meio da multidão.
Adivinhem! Quem achou meu filho sem conhecê-lo pessoalmente (só por fotos) e o entregou-me são e salvo? Sim, ela Ana Paula Rocha Yuan.  Muito grata a ela por achar meu filho. Muito grata a Deus por me fazer achar minha homônima.
DEPOIS DE TUDO ISSO, COMO NÃO ATENDER AO SEU CONVITE ESPECIAL DE ESCREVER PARA SEU BLOG UM ASSUNTO ESCOLHIDO POR ELA?
Ana Paula de Sousa Rocha /Ana Yuan muito feliz e grata pelo seu convite. Seguem meus pensamentos e conhecimentos sobre auto sabotagem para dividir com você e seus leitores.



Drible seu processo de auto sabotagem


Sabotagem significa boicotar algo. Logo, auto sabotagem é boicotar a si mesmo, sua própria vida.
A triste verdade é que muitas pessoas estão se fechando para as oportunidades que a vida apresenta. Outras estão perdendo feio (de 0 x 10) para o medo, preguiça, falta de disciplina, crenças irreais e para sua zona de conforto. Há também quem esteja morrendo em vida, infelizmente, e tudo isso por causa da “cruel” imaturidade emocional.  
ATENÇÃO! A imaturidade é o alimento que nutre o processo de auto sabotagem.
Quando temos a consciência de como funciona o processo de auto sabotagem, tudo se torna uma questão de escolha. Ficamos novamente no controle da situação e podemos dar um basta a qualquer momento para os gatilhos que geram a nossa queda.
Desenvolver a visão dessa consciência é o que acredito ser uma das maiores inteligências humanas, uma vez que é uma consciência puramente cognitiva, ou seja, é uma questão de querer agir de forma inteligente e a seu próprio favor. Observe que não há emoção; é um pensamento puramente racional.
O emaranhado da auto sabotagem nos rouba a possibilidade de sermos felizes. Triste isso, né? Pois é, mas por outro lado, a maturidade é o ponto de equilíbrio para dominar e expurgar atitudes que causam mal, afastam as pessoas e afastam você dos seus sonhos, desejos e metas.
O ponto forte desse artigo é exatamente compartilhar meu entendimento sobre o funcionamento desse mecanismo descendente e também contar o seguinte “segredinho”: é possível travar e eliminar essa desarmonia da sua vida, assim como conseguir, aos poucos ou aos montes, se fortalecer, recuperando seu lugar de posição ascendente na sua história de vida.
Veja bem, o ser humano não foi programado para ser sempre infantil. Ele tem seu período correto, adequado e contado no calendário, para ser infantil.  Perceba que escrevi a palavra infantil = infantilidade. Isso não significa dizer, em hipótese alguma, que você tem que deixar sua criança interna morrer. Não! Não me refiro a isso.
Sua criança saudável deve ser eterna! Aquela criança interna que traz alegria a um ambiente,  que se permite experimentar e fazer associações livres de ideias e de criatividade, que mostra seu sorriso gratuitamente, que pede desculpas e que perdoa facilmente, você deve cultivar. Porque o coração “dessa criança” é mil vezes mais adulto do que os adultos imaturos que vejo por aí.  Deu para entender?
O ser humano deve ser um adulto maduro, de alma pura, cheia de energia e inteligência (essa é a criança que cito). Isso é um estado de espírito.
Outra situação, e bem diferente, é quando você se torna uma pessoa emocionalmente sensibilizada. Exemplos: olhar pesado sobre a vida, rancorosa, invejosa, quando julga que todos os seus problemas são maiores e mais difíceis do que das outras pessoas, que você nasceu para sofrer e a barra que enfrenta realmente só você para suportar.  Quando você não inova mais, só resmunga, reclama de todos e de tudo, quando pensa que não merece ser feliz e quando faz da sua própria vida um peso.  Tais exemplos podem ser sinais evidentes de uma auto sabotagem.
Um adulto infantil é aquele que não aprende com as vivências de sua vida, que não amadurece e acaba se tornando muito frágil e carente emocionalmente e, consequentemente, uma “mala” para quem está a sua volta. Isso não pode! Não dá! Deus fez o ser humano para evoluir, para ser feliz e ter relações saudáveis. Por isso entendo que a maturidade é a chave da nossa ignição. Que faz nosso carro seguir nas estradas lisas e nas vias cheias de buracos e quebra-molas.  
Todos nós temos nossas infelicidades, isso é real e ninguém tira as nossas dores.  O seu sofrimento é REAL, não é uma criação da sua cabeça. A questão que trago aqui é que precisamos identificar quando muitas de nossas queixas estão com conteúdos consideravelmente imaturos e, que por conta disso, nos auto compadecemos das nossas próprias tragédias. Pois, ficamos completamente míopes e mergulhados nas emoções e, por fim, nutrimos assim mais e mais os nossos processos de auto sabotagem.      
                                                           
Colando luz aos dispositivos de um processo de autopunição
Maturidade é capacidade de:  
  • Saber quais são seus pontos fortes e colocá-los em prática;
  • Admitir seus pontos fracos e ir à luta para melhorar;
  • Sorrir de si mesmo.
Essa é uma resposta que repito muito. É uma cópia da definição de Freud. É a definição mais sábia, simples e profunda, no meu ponto de vista.
Pergunto para você: Sabe dizer quais são os 10 pontos fortes e as 10 problemáticas da sua personalidade?
Talvez você pense: “10? Nossa muita coisa!”
E dessa forma você, provavelmente, irá parar na quinta qualidade ou ponto fraco.  Sabe por quê? Não paramos para cuidar de forma consciente da nossa maturidade. Ter maturidade é dominar tudo sobre você mesmo. Nós pouco nos conhecemos e pouco nos “apoderamos” de quem somos. Não vestimos nossas armaduras para “lutarmos”, não nos aprofundamos em nós mesmos.  Infelizmente, não fomos educados para refletir sobre quem somos. Raramente nos dedicamos em nos conhecermos com afinco. E é nessa nossa deficiência que a auto sabotagem toma forma e cresce em cima da gente.

A auto sabotagem é constituída por sentimentos e emoções negativas, como:
1- O Medo – é a primeira emoção que surge no processo de auto sabotagem.
O MEDO DIRIGE TODO O RESTANTE DO PROCESSO NEGATIVO, OU SEJA, O TAMANHO E A INTENSIDADE DO SEU MEDO DETERMINARÃO A FORÇA DE TODAS AS OUTRAS EMOÇÕES.
2- A Perda – O medo tem sempre uma relação com alguma perda, seja qual for o tipo. Essa  perda pode ser real ou não. Você pode ter passado por uma situação de perda efetiva em sua vida ou apenas imaginar que determinada perda (pessoa, trabalho, poder, cargo, objeto, integridade física e moral, etc.). O peso inconsciente é o mesmo do real e do iminente.
3- A Culpa – Há uma culpa gerada pela perda, que remete a um sentimento de irresponsabilidade ou de ter falhado.
4- Ao falhar nos sentimos mal e produzimos sentimentos do tipo: mau humor, raiva, tristeza, depressão, falta de perdão e etc. Esses sentimentos e emoções que acabam sendo projetados na sua própria vida e nas vidas de outras pessoas com quem você se relaciona.
5- TODOS esses sentimentos findam e se apresentam através de comportamentos emocionalmente imaturos e destrutivos.
Para se ajudar, não tem vida mansa. Tem que trabalhar duro a sua maturidade para sair desse processo de repetição de movimentos, atitude nada saudável.  Como? Siga mentalmente os passos abaixo. Faça perguntas a você mesmo.
1º - Primeiro passo é a autoconsciência. Responda a primeira pergunta da autoconsciência – O que estou sentindo nesse momento? Seja qual for o sentimento ou a emoção, questione-se. É o que? É medo, é raiva, é mau humor, é tédio, é vingança, preguiça ou o quê? Tente discernir o que estiver sentindo no momento.
2º - Busque entender o motivo – Pergunte-se: por quê? Vá fundo nessa resposta.
Pense sobre o que está latejando dentro de você. Converse com você mesmo! O nome dado para isso é inteligência intrapessoal.
Quando começar a ter clareza em relação ao motivo.  Excelente! Pule para o terceiro passo.
3º - Autocontrole – Pergunte-se: o que faço agora com meus sentimentos? Quais as consequências de cada atitude minha? Importantíssimo pensar e avaliar as consequências das suas possíveis ações.
4º - Decisão de agir. Pergunte-se: o que vou fazer com isso? “Ficarei aqui chorando, lamentando ou vou pensar em uma estratégia para sair dessa situação em que me encontro? Já entendi o que sinto, porque sinto e possíveis consequências de ações. E agora? Qual ação efetivamente devo tomar e seguir?”
Esse processo te ajudará a sair do ciclo da sabotagem.  Isso é ter inteligência emocional.
Quando você pensa, você se resgata à consciência.
5º  -  Analise e sublime – Faça algo que te faça bem. Quando você sublima, passa para outro plano. Isso não é se enganar, como muitos pensam. A sublimação deve ser utilizada no momento em que você estiver fragilizado. Funciona como uma muleta.
A sublimação é um mecanismo de defesa. Porém, é uma ação temporária para te tirar da fase ruim do conflito. Apenas isso. Por isso, sugiro que nesse passo de consciência faça algo que goste.
A ideia é se retirar verdadeiramente da situação. Não é fugir. Mas, se tirar da briga para pensar com calma e frieza.
Pondere! O que você faz quando vê alguém que gosta envolvido em uma briga? Para que a pessoa esfrie a cabeça como você interfere?  Possivelmente, você tira a pessoa da briga ou situação pedindo calma e lucidez. Certo? Então, é exatamente o que propõe o mecanismo de defesa de sublimar. Trazer seu racional à tona, saindo da emoção que te cega e te maltrata a mente, a alma e o corpo. Faz sentido?  Portanto, siga com disciplina o passo sugerido e sublime tirando seu foco momentâneo.
5º - Tenha empatia. Coloque-se no seu próprio lugar e no lugar dos outros.
Saia da ignorância de si mesmo. Esse é a grande dica!
Não arrume mais desculpas. “Conheça-te a ti mesmo”.

Um forte abraço para todos.
Ana Paula Pingarilho

16 comentários:

  1. Foi delicioso escrever sobre esse tema para o
    "ANTES TARDE DO QUE NUNCA".
    Espero contribuir com os seus seguidores.
    Excelente semana para todos.
    Bjão
    Ana Paula Pingarilho

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  2. Excelente o texto.
    Muito eu.
    By the way, gostei do blog por começar pelo nome.
    Concordo que td é antes tarde do que nunca.
    Adriana Torres

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  3. Esse texto realmente me fez e faz refletir muito.
    Parabéns. Você foi muito feliz nas colocações.
    Marli Rocha

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  4. Um post bem interessante. As vezes a gente vive numa rotina e acaba se esquecendo de fazer um autoconhecimento. Bjus!

    galerafashion.com

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  5. Não consegui parar de ler.
    Muito bom.
    Leitura boa e consistente. Acho q dá para colocar os passos em prática.

    Dani Oliveira

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  6. Chefe, que saudade!
    Suas palavras estão fazendo eco aqui na minha cabeça.
    Precisamos TDs de mais auto conhecimento.
    Beijinhos,
    Adriana Armaral

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